Três métodos para você escolher a vivenciar a prática devocional
O presente material é um curso que envolve teoria e prática. Escrito nos anos de 2017 e 2018, recomendo que você estude com afinco e entre em contato caso tenha alguma dúvida. Neste curso você aprenderá sobre:
Lectio Divina
Liturgia das horas
Devocional com literatura
1. Lectio Divina
Todo cristão é capaz de afirmar, sem erro, que um dos pilares da vida com Deus é a vida devocional. Devocional nasce da devoção. Uma vida devocional não se restringe só ao momento de leitura e oração. Esta afirmação tem sido usada por muitos cristãos para justificar o fato de não reservarem um momento de reflexão e oração com Deus, seja de manhã, à tarde ou à noite. Uma vida devocional pressupõe um momento de solidão com Deus, ou no mínimo, um momento em família com Deus. Jesus, o recomendar uma vida de oração, ele afirma
“É assim que eu quero que vocês façam: encontrem um local tranquilo e isolado, de modo que não sejam tentados a interpretar diante de Deus. Apenas fiquem lá, tão simples e honestamente quanto conseguirem. Desse modo, o centro da atenção será Deus, não vocês, e vocês começarão a perceber sua graça.” (Mateus 6.6).
Portanto, uma vida devocional pressupõe um momento a sós com Deus e o reflexo deste momento a sós é o testemunho em todos os aspectos da vida.
Existem diversas formas de se levar uma vida devocional. Gosto da imagem do cantor Stênio Marcius: puxar uma cadeira e sentar para conversar, tanto conosco mesmo, quanto com Deus. Esta é a proposta de uma prática de conversa com Deus, devocional, conhecida como Lectio Divina. A base é o texto de Mateus 6.6 que citamos acima.
A Lectio Divina é uma prática devocional, portanto diária, profundamente difundida no cristianismo oriental e que vem ganhando praticantes no cristianismo ocidental. Os Católicos Romanos latino-americanos têm difundido a prática em nosso continente e ela vem ganhando força entre Católicos Romanos e Reformados em nosso país. O termo Lectio Divina significa Leitura Divina e é comumente traduzido como Leitura Orante. O método funda menta-se em quatro pilares de relacionamento direto com Deus e sua Palavra. O presente artigo visa apresentar o histórico, os quatro pilares e os passos para a prática da Lectio Divina. Ao final, temos algumas su gestões de roteiros, extraídas de algumas Bíblias de Estudo.
Histórico
A origem da prática da Lectio Divina remonta aos primórdios do cristianismo. Há quem afirme que Jesus, ao se retirar para orar, praticasse os quatro pilares do que hoje conhecemos como Lectio Divina.
“Em seguida, subiu a uma montanha onde pôde ficar sozinho e orar. E ali ficou até tarde da noite.” (Mateus 14.23)
“Ainda não havia amanhecido, quando ele se levantou e retirou- se para orar num lugar isolado” (Marcos 1.35)
“Por essa mesma época, ele foi orar na montanha. Ali ficou a noite inteira em oração, na presença de Deus” (Lucas 6.12)
A prática da Leitura Orante é registrada por historiadores no dia a dia de mosteiros. Ganhou força institucional no meio Católico Romano em meados do século passado e hoje é praticado por cristãos de todo o mundo, inclusive no meio Reformado. O Projeto Timóteo, grupo de pastores, a maioria de tradição Reformada, que tem como missão “alimentar a vocação pastoral, incentivando a espiritualidade, a amizade e a missão” faz uso da Lectio Divina em seus retiros, como prática devocional.
Os quatro pilares
A Lectio Divina fundamenta-se em quatro pilares: Lectio, Meditatio, Oratio e Contemplatio.
Lectio é a Leitura do texto bíblico. O objetivo não é analisar o texto mas sim escutar o texto.
Meditatio é a Meditação do texto bíblico. O objetivo não é escrever um compêndio, mas sim escutar o texto sem necessariamente olhar para ele.
Oratio é a Oração. O objetivo é responder ao que Deus nos falou, é derramar-se diante de Deus.
Contemplatio é a Contemplação. O objetivo é silenciar diante de Deus, deixando que o silêncio prepare o seu coração para agir em resposta ao que Deus falou ao seu coração.
Os seis passos
Pensando nos quatro pilares, proponho uma dinâmica para a prática da Lectio Divina. São seis passos para você se colocar diante de Deus e permitir que ele fale ao seu coração.
Passo 1: Preparação
Reserve um horário e um local. Eu recomendo que você faça sentado, tendo uma mesa de apoio. No horário reservado não permita que nada interfira no seu momento com Deus: Desligue celular, telefone, computador, tablet etc. O tempo é deter minado por você e por Deus. Você pode ficar dez minutos a uma hora, alguns estudiosos recomendam não se exceder demais no tempo, mas também não reduzir demais. Separe sua Bíblia, uma caneta e um caderno/caderneta para anotação. É importante que você escreva, à mão, o que será pedido nos passos seguintes. Por quê? Porque o computador, tablet e celular podem fazer você dispersar e o seu foco, durante a Lectio Divina, é sua conversa com Deus. Aquiete o coração e a alma
Passo 2: Leitura (Lectio)
É o momento em que você abre a palavra e lê. Aleatoriamente? Não. Você pode seguir um roteiro de leitura ou um calendário litúrgico diário. Ao final, eu proponho alguns roteiros que você pode seguir. Abra um texto e leia no mínimo três vezes. Eu costumo fazer da seguinte maneira: uma primeira leitura em silêncio. Uma pausa com os olhos fechados. Uma segunda leitura, em voz audível. Uma pausa com os olhos fechados. Uma terceira leitura, pausada.
Passo 3: Meditação (Meditatio)
É o primeiro momento prolongado de quietude. O que o texto falou para você, durante as leituras que fez dele? Aquiete o máximo possível o seu coração e procure lembrar as palavras que você leu. O que elas significam para você? Como as atitudes e sentenças do texto que você leu falam com sua vida hoje? Estas perguntas devem ser respondidas em seu coração, sem necessariamente olhar para a Bíblia.
Passo 4: Oração (Oratio)
É a sua resposta a Deus. Aqui, precisamos quebrar o paradigma da oração falada apenas. Pegue sua caneta e caderno e escreva Data, Hora, Referência Lida, Oração: e escreva a sua oração. A oração escrita fixa melhor o seu entendimento a respeito do que Deus falou durante a meditação e leitura. Não precisa ser uma oração de uma página inteira. O tamanho deve ser pautado pela sua reação ao que o texto falou.
Passo 5: Contemplação (Contemplatio)
É o silêncio diante de Deus. Você vai sair, vai encerrar seu momento de devoção. Procure manter-se em silêncio e volte-se para Deus. Você já leu a Palavra, meditou, orou e agora você se coloca em silêncio para sentir na alma e no corpo a presença de Deus. Para nós, cristãos do ocidente, esta prática pode nos reme ter à meditação oriental e, de fato, é muito semelhante. Não se deixe levar pelos ruídos externos e internos. Silencie-se diante de Deus e permita que ele fale ao seu coração, pelo silêncio.
Passo 6: Ação
Você encerrou seu momento de devoção. Antes de levantar-se e voltar para sua rotina, escreva, abaixo de sua oração, uma frase que contenha uma atitude que você deve ter para viver o que Deus falou com você naquele momento. Ao terminar de escrever, adore a Deus pelo momento de devoção e feche seu caderno e sua Bíblia, mas lembre-se de deixar seu coração e alma abertos para ser um instrumento nas mãos do Senhor.
Uma observação importante: a prática da Lectio Divina pode ser individual ou em grupo. No caso de fazer em grupo, incentivamos, após a Contemplação, que cada um leia a sua oração, como forma de partilhar sua reação diante da Palavra de Deus.
O desafio para nós é reservarmos um espaço, no nosso dia, para puxarmos uma cadeira e conversarmos com Deus. A Lectio Divina nos ensina a aquietar a alma e ouvir Deus falar. Tal prática traz o fortalecimento de nossa fé e de nossa união com o Corpo de Cristo, portanto, puxe uma cadeira e convide Deus para uma conversa, mesmo que silenciosa.
2. Liturgia das horas
A prática devocional é de extrema importância para a vida cristã. No estudo anterior falamos da prática da Lectio Divina, hoje apresentamos a prática do Ofício Diário, tão antigo quanto a Lectio Divina e de grande valia para a nossa prática devocional. Segue abaixo o material de autoria do Rev. Allen Borges e Rev. Eduardo Henrique Chagas sobre o Ofício Diário. A sugestão litúrgica é também de autoria dos referidos Ministros.
Uma prática que sempre fez parte da vida do povo de Deus, no Antigo Testamento, no Novo e ao longo da história da Igreja, é a disciplina do Culto diário, individualmente ou em família, como um complemento às reuniões públicas da comunidade aos sábados e, depois da Ressurreição do Senhor Jesus, aos domingos.
Os Salmos estão cheios de expressões como “o seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite” (Sl 1.2), “Bom é render graças ao Senhor e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo; anunciar de manhã a tua misericórdia e, durante as noites, a tua fidelidade” (92.1–2); “Eu, porém, invocarei a Deus, e o Senhor me salvará. À tarde, pela manhã e ao meio-dia, farei as minhas queixas e lamentarei; e ele ouvirá a minha voz” (55.16–17).
O povo de Deus no Antigo Testa mento tinha por costume observar horários fixos de oração nos lares, pois compreendiam assim a ordem de meditar na Palavra “ao deitar e ao levantar” (Dt 6.7). Nesse mesmo horário, ao nascer e ao pôr-do-sol (Ex 30.7–8), era oferecido, no tabernáculo e depois no Templo, um sacrifício de incenso, que representa as orações de todo o povo de Deus, em toda a parte, subindo à presença do Senhor (Ap 5.8). Outros personagens, a exemplo de Daniel, guardavam o costume de orar em determinados horários.
A Igreja no Novo Testamento não abandonou o costume herdado do judaísmo: sozinhos ou reunidos, guardavam diariamente momentos de Culto familiar (At 2.42, 4.23–31, 12.12, 1Tm 1.3).
Séculos mais tarde, quando a Igreja começou a se envolver e se corromper com a política do Império Romano, comunidades de cristãos passaram a procurar uma vida mais simples e reservada, de dicada ao trabalho e à oração diária, dando origem ao movimento monástico. Assim surgiu a Liturgia das Horas, também chamada de Ofício Diário, segundo o qual, até hoje, os monges organizam seu dia em torno de sete momentos de oração.
Na Reforma Protestante, entendeu-se que a oração diária é um dever de todo cristão, e não apenas da queles especialmente vocacionados a servir à Igreja. Cultos diários de oração eram celebrados de manhã e ao cair da tarde em todas as cidades protestantes. Mais tarde, os puritanos preferiram dirigir esse costume para os lares, dando ênfase ao Culto doméstico.
Porém, tanto no mosteiro, como nas igrejas protestantes, como no lar puritano, a base do Ofício Diário é sempre a mesma: o canto dos Salmos, o entoar de louvores a Deus, a leitura e meditação nas Escrituras e o elevar de orações de intercessão e gratidão.
O ouvir da Palavra de Deus nos leva à fé (Rm 10.17); como resposta a essa fé, confessamos com nossos lábios o senhorio de Cristo (Rm 10.9) nas palavras universais do Credo Apostólico. E essa fé, essa confiança que depositamos no Senhor Jesus, nos leva a entregar a ele todos os nossos motivos de oração, orando como ele nos ensinou (Mt 6).
A prática do Ofício Diário nos une à Igreja cristã de todos os tempos e lugares. Ela também nos desafia à disciplina de organizar o nosso dia em torno dos nossos encontros com Deus, em vez de dedicar a ele apenas sobras e retalhos do nosso tempo.
Ofício Diário: uma ordem para o culto individual ou familiar
Oração Inicial e Confissão de Pecados — Pela manhã, esta oração tem como foco a gratidão pela noite de sono e pelas misericórdias renova das de Deus. À noite, esta oração é de gratidão pelo dia que se encerra. Tanto de manhã, quanto à noite, também se faz confissão de pecados e pedido de perdão por eles a Deus.
Hino ou cântico — Um hino ou cântico pode ser lido neste momento
Salmo do Dia (Lecionário) — O Salmo do Dia é lido, ou, preferivelmente, cantado.
Leituras Bíblicas — Pode-se fazer uma ou mais das leituras bíblicas do Lecionário. Após cada leitura, segue-se um momento de meditação silenciosa, e um cântico ou hino pode ser cantado.
Hino ou cântico
Afirmação de Fé — Como uma resposta de fé do crente à Palavra de Deus que foi lida, o Credo Apostólico pode ser recitado
Orações — Podem ser feitas orações de agradecimento, súplica e intercessão: pela Igreja universal, pela Igreja Local, sua liderança e causas, pelo mundo, pelo País e suas autoridades, pelos enfermos, necessitados e todos os que pedem orações do povo de Deus, e pelos motivos particulares e individuais.
Oração do Senhor
Ofício Diário: Quinta-feira, 10 de maio de 2018
• Oração Inicial e Confissão de Pecados
• Santo! Santo! Santo!. CTP 34
Santo! Santo! Santo! Deus onipotente!
Cantam, de manhã, nossas vozes, com ardor.
Santo! Santo! Santo! Justo e compassivo!
És Deus triúno, excelso criador!Santo! Santo! Santo! Todos os remidos,
Juntos com os anjos, proclamam teu louvor.
Antes de formar-se o firmamento e a terra
Eras e sempre és, e hás de ser, Senhor!Santo! Santo! Santo! Nós, os redimidos
Não podemos ver tua glória sem tremor.
Tu somente és santo, só tu és perfeito,
Deus soberano, imenso em teu amor!Santo! Santo! Santo! Deus onipotente!
Tuas obras louvam teu nome com fervor.
Santo! Santo! Santo! Justo e compassivo!
És Deus triúno, excelso criador!
• Salmo do Dia: 97
• Leitura de Atos 18.1–8
• Renova-me, CTP 216
Renova-me, Senhor Jesus, já não quero ser igual.
Renova-me, Senhor Jesus, põe em mim teu coração.
Porque tudo o que há dentro de mim
Necessita ser mudado, Senhor.
Porque tudo o que há
Dentro do meu coração
Necessita mais de ti.
• Leitura de João 16.16–20
• A Alegria Está no Coração , CTP 50
A alegria está no coração
de quem já conhece a Jesus.
A verdadeira paz só tem aquele
que já conhece a Jesus.
O sentimento mais precioso
que vem do nosso Senhor
É o amor que só tem quem já conhece a Jesus.
Aleluia! Aleluia! Aleluia! Aleluia!
• Afirmação de Fé: Credo Apostólico pode ser recitado
Creio em Deus Pai, todo-poderoso, criador do céu e da terra. E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo. Nasceu da Virgem Maria, padeceu sob o poder de Pôncio Pilatus, foi crucificado, morto e sepultado. Desceu ao Hades; ressuscitou ao terceiro dia; subiu aos céus, e está sentado à mão direita de Deus Pai Todo-Poderoso, donde há de vir para julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na Santa Igreja Católica; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; e na vida eterna. Amém.
• Orações
• Oração do Senhor
Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal; pois teu é o reino, e o poder, e a glória para sempre. Amém
3. Devocional com Literatura
A prática devocional é de extrema importância para a vida cristã. Nos estudos anteriores falamos da prática da Lectio Divina e do Ofício Diário. Agora falaremos da prática devocional com apoio de literatura. A devocional com apoio de literatura talvez seja a mais difundida em nosso meio. As minhas recordações de infância passam pelo culto doméstico com o uso das devocionais impressas em livretos.
Qual literatura usar
Quando falamos de literatura devocional recorremos aos que estão no mercado: Cada Dia, No Cenáculo, Pão Diário, A Jornada, Mananciais no Deserto, além dos temáticos: 1 ano com CS Lewis, 1 ano com Lutero etc. São diversas as opções e você não precisa se preocupar, a imensa maioria são fáceis de serem encontradas e seus conteúdos são bons para estabelecer uma vida devocional saudável. O que você deve observar é se elas, em geral, fazem uso do texto para te aproximar mais da vontade de Deus.
Literaturas escritas para uso específico da devocional são textos que nos levam a refletir sobre o que a Palavra de Deus está nos dizendo. O caráter devocional tende a nos levar a pensar em atitudes que podemos adotar em nossas vidas para sermos cada dia mais transformados pelo Espírito Santo. A devocional é um momento em que abrimos nosso coração e mente para o que Deus tem a nos dizer. Respondemos à sua Palavra na devocional com gratidão e reflexão.
Como usar
Você pode usar a literatura individualmente, em família ou em grupos pequenos. Seja qual for, separe um tempo e um espaço para sua devocional. Um tempo, de 10 A 20 minutos (pode ser mais ou menos, conforme sua disponibilidade), e um espaço onde você possa se sentar e, de preferência, não seja interrompido. Material em mãos, inicie com uma oração, pedindo que Deus ilumine sua mente para a Palavra que será lida. Veja a referência bíblica do versículo e procure ler o parágrafo em que ele está inserido, não apenas o versículo em si. Após a leitura do texto bíblico, leia a meditação. Ao final da devocional há uma oração. Você pode ler a oração ou fazer uma oração espontânea. Caso queira, e se lembre, pode também cantar uma música/hino.
O maior desafio, no exercício devocional, é a prática do silêncio. Silenciar os ruídos externos — celular, televisão, tablet, etc. — e silenciar os ruídos internos — preocupações, ansiedades, pensamentos diversos, etc. Para silenciar, é preciso praticar o silêncio. Quando se faz a devocional em família, a busca pelo silêncio também deve ser incentivada. Proponho, sempre, que seja feito um tempo de silêncio antes de seguir os passos dados. Durante esse tempo de silêncio, direcione seus pensamentos para o momento que você vivenciará. Pense na Palavra de Deus, no que Deus tem a te dizer e como ele tem sustentado você e sua família.
Devocional
Oração por iluminação
Leitura Bíblica
Devocional (Literatura)
Cântico
Oração
Lábios que agradeçam
Graças te damos, ó Deus! Graças te damos porque estás próximo; em toda parte se fala de tuas maravilhas. Salmo 75:1
Ação de graça é uma maneira de orar diante de um ato extraordinário que a pessoa se coloca diante de Deus e, numa atitude de admiração, expressa em forma de louvor e agradecimento.
O poeta dos salmos começa falando das maravilhas do que Deus tem feito. Ele deixa registrado que em todos os lugares as pessoas falam os feitos de Deus.
Vivemos em um tempo, onde estamos prontos para reclamar sobre um mau atendimento, a péssima qualidade de um produto, entre outras coisas. As redes sociais impulsionaram as vozes, e muitas empresas tem dado uma atenção especial para as reclamações.
No entanto, percebo (por mim mesmo), que tenho dificuldades em elogiar e agradecer. Muitas vezes, meu coração, diz que não foi mais que obrigação.
No dia de hoje, quero desafiá-lo a agradecer a Deus pelo que ele tem feito, testemunhando isso a todos!
Oração: Pai, obrigado porque não é um Deus que está longe, mas está próximo, me auxiliando em todas as minhas dificuldades. Que meus lábios possam expressar minha gratidão!
Reverendo Tiago Nogueira de Souza
Conclusão
Ao encerrar essa série de três estudos sobre devocional, apresentando três formas diferentes de se praticar a devocional diária, eu quero desafiar você a construir uma relação diária com Deus. Em Mateus 6.5–8, Jesus fala sobre a prática da oração e como deve ser feita a oração: em casa, no quarto, com as portas fechadas. Nossa fé não deve ser sustentada apenas pelas participações em cultos e reuniões na comunidade. Estar presente na Igreja é uma bênção e é fundamental para nossa relação com Deus, pois em comunidade desenvolvemos nossa fé por meio da comunhão, o testemunho dos ir mãos e irmãs, o ensino da Palavra, a prática do serviço ao próximo (Diaconia) e por meio da proclamação da Palavra. Na devocional diária e pessoal com Deus eu sou levado a um relacionamento mais próximo com o Pai. Tal qual uma mãe ou um pai que se assenta para conversar com o filho sobre um assunto importante, na devocional Deus se assenta conosco para uma conversa sobre um assunto importante demais para o Pai, esse assunto é você. Ele quer te ouvir, saber o que você está passando e o que está vivendo. Não negligencie a devocional, alimente este hábito saudável em sua vida e relação com Deus.