Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus? (Salmo 42.1-2)
O Salmo 42 expressa a profunda sede e desejo do salmista por Deus, comparando sua alma à corça que anseia por água. O salmista está em um estado de grande angústia, alimentando-se de suas lágrimas dia e noite, e é atormentado pelas dúvidas e zombarias daqueles que perguntam onde está o seu Deus. Ele lembra-se de tempos de alegria e louvor na Casa de Deus, o que só aumenta sua dor atual. Mesmo em sua aflição, ele repete uma pergunta a si mesmo: "Por que estás abatida, ó minha alma?" e exorta a esperar em Deus, acreditando que ainda o louvará. O Salmo também destaca a dualidade de sentimento do salmista, entre o desespero e a esperança na misericórdia de Deus. Ele se reconforta lembrando-se da fidelidade de Deus, sustentando que, apesar da adversidade, ainda encontrará refúgio e auxílio no Senhor.
Os dois versículos de abertura do Salmo nos ensinam sobre a profundidade do anseio espiritual e a sede pela presença divina. Assim como a corça busca desesperadamente por água, o salmista expressa um desejo intenso e inabalável por Deus, destacando a necessidade vital da comunhão com o Criador. Esse versículo nos lembra que a alma humana tem uma sede intrínseca pelo divino, algo que só pode ser saciado pela presença do Deus vivo. Além disso, a pergunta "quando irei e me verei perante a face de Deus?" revela uma busca por um encontro pessoal e transformador com Deus, indicando que a verdadeira satisfação e plenitude são encontradas ao estar diante dele. Esse anseio nos convida a cultivar uma relação íntima e constante com Deus, buscando Sua presença em nossas vidas diárias.
Oração: Senhor, ensina-me a confessar meu pecado e buscar a tua presença em dias maus. Em nome de Jesus, amém.