1.
“Eu não sei por quê. Eu não sei como. Eu me sinto solitário. Omitido. Como se todo mundo fosse mais amigo uns dos outros do que comigo. Eles têm mais divertimento junto. Eu realmente não pertenço a este círculo, ou a esta conversa. Eu estou em outra coisa”. As palavras são de Brian Janz, morador de Oslo, na Noruega. O testemunho de Brian é o testemunho de muitos cristãos ao redor do mundo. Em momentos críticos, sentiram-se sós e sem ter a quem recorrer. Vem comigo ao Evangelho de João 14.15-18 para entender como não mais se sentir só!
Se vocês me amam, obedeçam a meus mandamentos. E eu pedirei ao Pai, e ele lhes dará outro Encorajador, que nunca os deixará. É o Espírito da verdade. O mundo não o pode receber, pois não o vê e não o conhece. Mas vocês o conhecem, pois ele habita com vocês agora e depois estará em vocês. Não os deixarei órfãos; voltarei para vocês
2.
O texto de João 14.15-18 está inserido num bloco narrativo que se inicia no capítulo 12 do evangelho, no verso 12, quando Jesus entra em Jerusalém. A partir daí, se inicia uma sucessão de fatos que culminariam com a crucificação de Jesus. Se olharmos a sequência de fatos, João é o único evangelista que, entre a Ceia e a Crucificação, insere palavras de ensino e orientação de Jesus aos seus discípulos mais próximos. Já com Judas tendo saído da sala da ceia, Jesus começa a falar do Novo Mandamento, mostra a Pedro que ele haveria de traí-lo e passa a falar de como eles não estarão sozinhos, mas acompanhados em sua jornada. O capítulo 14 pode ser chamado de o capítulo do Consolador, pois é nele que vemos a ligação entre Jesus e o Espírito Santo.
3.
Consolador, Paráclito, Encorajador, Conselheiro, Amigo, Auxiliador. Todas são formas que os tradutores, das principais traduções para o português, fazem do vernáculo grego παράκλητον. Paráclito. Quando pensamos em consolador, a imagem que fazemos podemos fazer é a de uma pessoa que vem impedir que sucumbamos em tristezas e desânimos. Mas não é este o sentido e, talvez por isso, a tradução de Amigo, Auxiliador e Encorajador se enquadrem mais na função de protetor e sustentador, aquele que positivamente vem assistir e reafirmar aos discípulos de Jesus em nossa tarefa de testemunhar o Evangelho e Jesus Cristo.
Por que Jesus afirma com tanta segurança que o Espírito Santo não nos deixará? Justamente por ser um com ele e o Pai, na trindade. Por saber que o Espírito é Consolador, Encorajador, Conselheiro, Amigo, Auxiliador e não há como ser tudo isso ausente. É na presença que somos amigos, auxiliadores, encorajadores, consoladores e conselheiros. Na ausência há solidão, medo, desorientação. Na presença há vida. Por isso não devemos temer a solidão, antes, devemos enfrentar a solidão sabendo que o Espírito Santo está conosco, sempre
4.
A solidão é o mal do século e, com certeza, você já passou por momentos de solidão. O desafio é busca no Espírito Santo a direção para vencer a solidão. Comunidades de fé saudáveis tendem a ser presente na vida das pessoas, não para fiscalizar e oprimir, mara para ser amiga, auxiliadora, encorajadora, consoladora e conselheira. Busque na sua comunidade de fé o apoio e no Espírito Santo a firmeza de fé. No sopro impetuoso do Espírito, a vida é preenchida da presença de Deus.
5.
Recomendo você ouvir a canção Esperando por mim, da Legião Urbana, presente no álbum A tempestade. Atente para a letra e como a solidão é pautada na perspectiva das presenças e ausências da vida.
6.
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